quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

VOLTA ÀS AULAS. RECEITA CONTRA PIOLHOS


Receita natural contra infestação por piolhos

Quem tem filho pequeno em idade escolar já sabe: é importante sempre ficar de olho nos cabelinhos da garotada.
Caso o piolho já tenha se instalado, utilize uma receita natural e transmitida de mãe pra filha ao longo das gerações.
O combate natural ao piolho pode ser feito com Vinagre de Maçã.Para desgrudar as lêndias dos fios de cabelo, pode-se passar o vinagre quase puro. Em seguida basta passar um "pente fino" para eliminá-las. Vamos cuidar da saúde da nossa garotada.
Elaborado por:
JOEL VIEIRA CALDAS
Supervisor Geral de Endemias
FUNASA/Setor de Zoonoses e Endemias
Departamento Municipal de Saúde
Prefeitura Municipal de Marliéria - MG

domingo, 13 de janeiro de 2008

LIXO TEM SOLUÇÃO




EM MARLIÉRIA, LIXO TEM SOLUÇÃO



Foto:Usina de reciclagem de lixo em Cava Grande

É com muita satisfação e orgulho que colocamos aqui neste Blog uma notícia sobre um projeto da Prefeitura Municipal de Marliéria. A Usina de Triagem e Compostagem em Cava Grande. Sim, importante, porque a partir da inauguração desta usina, os resíduos sólidos oriundos do lixo produzido em Marliéria, que outrora, eram destinados ao aterro sanitário em Santana do Paraíso, passam a ser beneficiados pelo próprio município. Isso é muito benéfico, pois acarretará uma economia de receitas aos cofres municipais e, trará, com certeza, uma melhora de vida à população, além de contribuir para a diminuição dos impactos ambientais.No âmbito da saúde, em especial, no setor preventivo, será de grande importância, haja visto que, tendo o lixo, um destino e um objetivo, acarretará na redução significativa de criadouros de mosquitos do gênero aedes, vetores de doenças, como a Febre Amarela e o Dengue. Como todos sabem, esses insetos têm uma preferência por depósitos como latas, garrafas de vidro e de plástico entre outros. Além de pernilongos, podemos relatar ainda outros animais nocivos e peçonhentos, que são atraídos pelo acúmulo de lixo. animais como baratas, escorpiões, ratos, lacraias, cobras, etc.





Entretanto, com certeza, havéra a implantação de programas para inserir a consciência participativa da comunidade. É de vital importância que todos participem e colaborem com os órgãos da limpeza e saúde municipais. A Usina de Triagem e Compostagem é um avanço para Marliéria, mas o sucesso somente será alcançado com a parceria, entre Prefeitura e cidadãos.





Agora vejam, como o meio-ambiente é degradado e sofre para decompor alguns materiais:



Jornais velhos: 6 meses




Bitucas de cigarros : 2o meses




Chicletes(goma de mascar):5 anos















Latas de aço: 10 anos




















Garrafas de plástico(pets): 400 anos




Pneus: 600 anos


Alumínio: 200 a 500 anos















Sacos plásticos: 100 anos



Reciclar. Por quê?



A reciclagem de uma única lata de refrigerante, representa uma economia de energia equivalente a três horas com a televisão ligada;
* Uma garrafa de vidro demora 5 mil anos apara se decompor;
* O reaproveitamento de lata rende US$ 30 milhões por ano;
* Uma lata pode resistir cem anos à ação do tempo;
* Reciclar uma tonelada de alumínio gasta 95% menos energia do que fabrica a mesma quantidade;
* Uma tonelada de papel reciclado poupa 22 árvores do corte, consome 71% menos energia elétrica e representa uma poluição 74% menos do que na mesma quantidade;
* Uma tonelada de alumínio usado reciclado representa cinco de minério extraído poupado;
* Para cada garrafa de vidro reciclada é economizado energia elétrica suficiente para acender uma lâmpada de 100 Watts durante quatro horas;
* A reciclagem de 10.853 toneladas de vidro preserva 12 mil toneladas de areia;
* A reciclagem de 18.679 toneladas de papel, preserva 637 mil árvores;
* No Brasil, cada habitante descarta 25 quilos de plástico por ano, cinco vezes menos que os americanos, um dos maiores consumidores do mundo;
* A reciclagem de 6.405 toneladas de metal, preserva 987 toneladas de carvão.



COMO FUNCIONA O SISTEMA DE COMPOSTAGEM

O sistema de compostagem transforma detritos orgânicos em adubo para agricultura. O lixo recolhido dos lares separados (orgânico e lixo seco) nas residências. Oferecido para coleta o produto orgânico é recolhido por caminhões. Os veículos, ainda no mesmo dia, transportam o material até a usina, passam pela pesagem e executam a descarga do material nos poços de recepção. Gruas fazem a locomoção e a dosagem do lixo dos poços até a esteira de seleção. Trabalhadores incumbidos de separar o lixo fazem a segregação na esteira de materiais como plástico, pedras, vidros e materiais não-orgânicos eventualmente incluídos ao final da esteira de seleção o material ainda possível de putrefação é depositado em um caminhão, que o conduz até o pátio de compostagem. Ao longo de quatro meses, o lixo orgânico selecionado é exposto em pilhas ao ar livre, revolvidos por escovadeiras, são mantidas níveis de temperatura (65°C) e unidade entre 40% e 50% ideais à biodegradação ou à estabilização biológica promovida por bactérias. Após o período, o composto está pronto. É submetido, porém, a um novo processo de peneiramento, onde são retirados plásticos, pedras e materiais não eliminados nas análises anteriores. O composto orgânico é industrializado e distribuído como húmus de uso agrícola em propriedades rurais. Fecha-se o ciclo, com reaproveitamento de até 80% do lixo depositado em estado bruto.



ÓLEO DE COZINHA USADO TAMBÉM É POLUENTE. O QUER FAZER ENTÃO?

As frituras fazem parte do cardápio. Controlar seu consumo é uma das atitudes mais saudáveis. Os resíduos de gordura que causam estragos no nosso organismo são muito nocivas também ao meio ambiente.

Infelizmente ninguém nos diz como fazer para nos livrarmos destes resíduos, cabe a nos buscar informações a este respeito. Quando uma dona de casa ou/e um restaurante ou/e uma lanchonete jogam o óleo de fritura pelo ralo, ele vai direto para os rios, aumentando a poluição e destruindo a vida, não apenas aquática, mas de solos (margens) e a nossa própria. Orientar a população sobre a importância de desenvolver novas atitudes, voltadas para reduzir, reutilizar e reciclar os resíduos gerados pelas frituras. O óleo é mais leve que a água, fica na superfície, criando uma barreira que dificulta a entrada de luz e a oxigenação da água, comprometendo assim,a base da cadeia alimentar aquática, os fitoplânctos. Além de gerar graves problemas de higiene e mau cheiro, a presença de óleo e gordura na rede de esgoto, causa o entupimento da mesma, bem como o mau funcionamento das estações de tratamento. Para retirar o óleo e desentupir são empregados produtos químicos altamente tóxicos, o que acaba criando uma cadeia nociva. O melhor que se tem a fazer é colocar os óleos utilizados
O melhor que se tem a fazer é colocar os óleos utilizados numa garrafa plástica tipo pet (colocar somente quando este estiver totalmente frio), fechá-las e coloca-las no lixo normal (orgânico). Todo lixo orgânico que colocamos nos sacos vai para um local onde são abertos e triturados. Assim, as nossas garrafas são abertas e vazadas no local adequado, em vez de irem juntamente com os esgotos para uma estação de tratamento.

Fonte: http://paginas.terra.com.br/lazer/staruck/lixo.htm



Elaborado por: Joel Vieira Caldas

Supervisor Geral de Endemias

FUNASA/ Departamento Municipal de Saúde

Setor de Zoonoses e Endemias

Prefeitura Municipal de Marliéria - MG




quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

O PROGRAMA DE CONTROLE DA FEBRE AMARELA E DENGUE EM MARLIÉRIA

Noções básicas sobre Febre Amarela e Dengue

Febre Amarela - Descrição – Agente Etiológico – Vetores

A Febre Amarela é uma doença infecciosa, de etiologia viral, causada pelo vírus Amarílico.
Transmissão: picada de pernilongos dos gêneros Aedes, Haemagogus e Sabethes.


FAS- Febre Amarela Silvestre. Sabethes
cloropterus , Haemagogus





FAU- Febre Amarela urbana: Aedes
aegypti






Dengue

Infeccão de etiologia viral,causada pelo Vírus do dengue, o qual se divide em quatro sorotipos. DEN-1,DEN-2. DEN-3 e DEN-4.
Transmissão:pernilongo infectado- Aedes aegypti.


Modo de transmissão: A fêmea se alimenta de sangue, pois este lhe é necessário para a maturação dos óvulos. As infecções do Dengue podem ocorrer: na forma clássica - forma Hemorrágica.
Uma vez infectado por um dos quatro sorotipos, a pessoa pode adquirir imunidade até permanente para o vírus que contraiu, e parcial para os demais desta infecção.
Na primeira infecção,a pessoa pode desenvolver a forma Hemorrágica,devido ao cruzamento, ou seja, infecção com outro sorotipo.

Não existe tratamento para o Dengue,recomendam-se medicamentos para aliviar as dores e demais sintomas.

Importante: Quando alguma pessoa está com sintomas, nunca deve se auto-medicar. O recomendável é procurar uma unidade de saúde mais próxima.

Biologia do Aedes aegypti

Tempo de vida: 10 a 45 dias;
De ovo a mosquito alado, passa uma metamorfose;
Desenvolve-se através da água;
Passa por 5 estágios , 4 mudas de larvas ,pupa e mosquito alado;
Duração: pode compreender de 7 a 10 dias;
Pupa: duração de 2 a 4 dias = não se alimentará, apenas respira;
O Aedes aegypti tem o hábito de fazer a postura de seus ovos em quantidades limitadas por depósito;
Ovos: são postos isoladamente - podem resistir até 450 dias de dessecação;
Esta resistência à dessecação é um dos fatores relevantes na dispersão passiva desta espécie.



Esquema do ciclo evolutivo
do Aedes aegypti > esquema abaixo:
















Larvas do Aedes aegypti


Hábitos diurnos.
A presença de muita luminosidade pode fazer o Aedes estender seus hábitos até algumas horas da noite;

Vôo é curto e baixo. aproximadamente até 150 metros, numa altura de 80 cm a 1m.
Foi introduzido no Brasil, no período colonial, durante o tráfico de negros vindos da África, continente de onde é originário.

Hábitos tanto peri como intradomiciliar.

Prefere desovar em depósitos com água limpa, mas não descarta os demais de água suja. Preferências: Pneumáticos, caixa d´água, bromélias, piscinas sem manutenção ou.
Somente as fêmeas se alimentam de sangue, necessário para a maturação dos óvulos. A fêmea, após a cópula,

Uma fêmea pode por até 500 ovos por dia, todos distribuídos estratégicamente em diferentes locais e.
O nome Aedes aegypti, significa em português, aedes – aéreo, e aegypti – egípicio.

Características de um
Aedes aegypti adulto


É um grande transmissor da Febre Amarela e do Dengue no Brasil. É um mosquito extremamente hábil quando se refere à sua erradicação e/ou controle, pois há tempos vem sendo combatido no Brasil e, constantemente vem se adaptando a novos locais e depósitos, outrora, nunca descritos como locais de provável infestação deste vetor. Além disso, o Aedes aegypti, pela resistência à dessecação de seus ovos, se introduz com facilidade em várias localidades não infestadas, o que chamamos de dispersão passiva, ou até mesmo em forma larvária, através de depósitos como pneus, e outros, com pequenas quantidades de água, quando expostos à chuva e transportados sem a proteção de lonas e carrocerias cobertas e/ou baús. o Aedes aegypti pode transmitir também a filariose.Embora não seja regra, pode se adaptar a localidades onde as casas são mais dispersas, com características rurais, hábitos mais comuns do Aedes albopictus.



PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DO DENGUE – PNCD DE MARLIÉRIA

O Ministério da Saúde preconiza que cada município deva possuir equipes regulares de vigilância e controle ao mosquito Aedes aegypti, bem como, manter em observação o pernilongo Aedes albopictus. O Ministério dividiu os municípios brasileiros em quatro estratos. Estrato 1: município onde há o Aedes aegypti, e que tenha transmissão do dengue clássico e casos de dengue hemorrágico. Estrato 2: municípios onde há o Aedes aegypti e casos de dengue clássico. Estrato 3: municípios sem transmissão de dengue, mas com infestação do Aedes aegypti. Estrato 4: Municípios sem infestação de Aedes aegypti e sem transmissão de dengue. O município de Marliéria foi classificado no estrato 3. Existem metas de trabalho a serem executadas dentro do PNCD. As ações são varias, e cada município deve possuir uma estrutura mínima para atuar na vigilância e no controle do Aedes aegypti. Desde a rede ambulatorial até as equipe de vigilância epidemiológica e entomológica. Sobre o trabalho de vigilância epidemiológica e entomológica, o Departamento Municipal de Saúde de Marliéria dispõe de uma equipe, composta de 2 agentes sanitários para as visitas aos imóveis, 1 Supervisor e equipe e 1 Supervisor Geral. De acordo com o Ministério, esse número de servidores é suficiente, uma vez que, para cada 810 a 1000 imóveis, deve-se ter um agente. Conforme fora mostrado anteriormente, os trabalhos de combate ao Aedes aegypti são realizados nas localidades urbanas ou com aglomerados com tais características. Em Marliéria, são visitadas periodicamente a cidade, a Vila de Cava Grande, os povoados de Santo Antônio da Mata e Santa Rita e a Fazenda Mundo Novo. As atividades da equipe devem seguir as seguintes etapas:

No combate ao vetores da Febre Amarela e Dengue, são realizadas Várias operações, que utilizam vários métodos e equipamentos, que descreveremos a seguir.

R.G.- Reconhecimento Geográfico – Consiste na 1º atividade a ser executada. Nesta fase, deve é feito o mapa da localidade,também denominado de Croquí. Numerar os quarteirões, e nestes, por fim, levantar o número de imóveis existentes, classificando-os pela atividade de cada um.

L.I. – Levantamento de Índice – atividade de pesquisa larvária, para conhecer o índice de infestação, dispersão e densidade do A. Aegypti.

Tratamento - Esta atividade consiste na atividade de eliminação de focos dos vetores da Febre Amarela e Dengue, tanto na forma aquática, como na forma adulta, e se divide em várias etapas .

Tratamento focal – Consiste na aplicação de larvicida nos depósitos positivos com as formas aquáticas .

Obs.: Este larvicida, é um produto químico recomendado para ser administrado nos depósitos de agúa.O seu efeito pode chegar até a 6 meses. Em depósitos como caixas d’águas, cuja rotatividade de água é grande durante um mês, o seu efeito residual pode ser diminuído sigficativamente.

Tratamento perifocal – Consiste na aplicação de adulticida em locais onde há a presença do mosquito adulto. Pode ser através da aplicação do inseticida nas bombas costais manuais ou, no veículo de U.B.V pesado e ainda, no U.B.V costal portátil. Entretanto, estas aplicações de UBV somente são justificadas, mediante uma infestação superior a 5%, com várias notificações de casos de Dengue.

Tratamento mecânico – Consiste no manejo mecânico e eliminação dos depósitos que podem constituir-se em potenciais criadouros dos vetores da Febre Amarela e Dengue.Esta atividade deve ser realizada a fim de envolver os tantos segmentos da localidade, onde o Agente de Saúde indicará a razão da atividade, como a população poderá contribuir ,realizando a coleta com o intuito de mostrar ao morador onde estão os riscos e indicando assim a prevenção, mudando os seus hábitos.É uma atividade de extrema importância no combate ao Aedes aegypti.

Pesquisa em Pontos estratégicos – Consiste na realização de pesquisa larvária nos pontos estratégicos, e deve ser feita quinzenalmente.

Tratamento em pontos estratégicos
Consiste na eliminação
de focos dos vetores da Febre
Amarela e Dengue,através
da aplicação de larvicida e
adulticida se for necessário
e recomendável.

Foto de um depósito de pneus



Obs.: os pontos estratégicos são
hoje um dos grandes problemas enfrentados
pelas cidades do Vale do Aço. Neles, estão
concentrados uma grande quantidade de
depósitos que oefecem excelentes condições
para a proliferação do Aedes aegypti. Tudo
isso, devido ao fato de que nesses
imóveis, em geral, não há cobertura
e, os depósitos ficam desorganizados,
expostos à chuva. Depósitos como pneus,
sucatas, vidraria, latas, garradas e outros.
Os principais pontos estratégicos são: Borracharia, ferros-velhos, depósitos de materiais de construção, cemitérios, floricultura, oficinas mecânicas, estações rodoviárias, ferroviárias e aeroviárias, postos de gasolina e estabelecimentos que compram e revendem material reciclável.

Tratamento espacial – Consiste na aplicação de
adulticida na forma de neblina (UBV), Ultra Baixo
Volume – Através da utilização de veículos e
nebulizadores costais portáteis.
Este trabalho é conhecido popularmente como
“fumacê”.

Obs.: Embora pareça, a aplicação do fumacê não é a forma mais eficaz de acabar com os mosquitos. A neblina que é aplicada pelo carro ou pelas bombas dos agentes, atingem aproximadamente
de 50 a 100 metros de distância, e não conseguem penetrar em todos os cantos das casas e seus quintais. Além disso, o vento espalha a neblina com uita facilidade, retirando quase toda a eficácia do trabalho realizado.

Pesquisa ou Tratamento Vetorial Especial – Consiste em atividades eventuais, dadas nos casos de denúncias, confirmadas com a presença de depósitos positivos, e quando o retorno à localidade estiver previsto para um tempo longo, onde por prudência, não se queira arriscar, esperando a dispersão ativa e/ou passiva do vetor encontrado nestes depósitos e nos bloqueios de transmissão.

Pesquisa em Armadilhas-
Utilizada em municípios não infestados, e consiste em colocar depósitos suspensos a uma altura de até 80cm e com sombra.Deve ser inspecionada quinzenalmente. Geralmente, são usados pneus cortados ao meio com água limpa.Para cada 225 imóveis ou 9 quarteirões, instala-se uma armadilha.

Educação em Saúde – Consiste em difundir junto à população noções acerca do saneamento domiciliar, da prevenção,mudança de hábitos, acondicionamento e destino corretos de depósitos servíveis e não servíveis.
A atuação dos educadores deve ser integrada e interligada com todos os segmentos existentes possíveis na localidade, buscando a parceria para disseminar os trabalhos das equipes, fomentar e ampliar conhecimento acerca da eliminação dos vetores e seus criadouros,uso racional desse conhecimento comunitário como extensão do trabalho dos serviços de saúde, com promoção de palestras e gincanas nas escolas, clubes de mães e de serviços, associações comunitárias, igrejas e outros.

Como vimos, existe toda uma organização de atividades, as quais são cuidadosamente planejadas, com o objetivo de manter o município em condições de não ser acometido por uma epidemia de Dengue e Febre Amarela. Todavia, sempre há os riscos, vindos de outras cidades e estados. É o que chamamos de Dispersão passiva, no caso do Aedes aegypti e, casos importados, no caso de pessoas que aparecem com Dengue em Marliéria, vindos de outras localidades, porque visitam a cidade ou trabalham fora de Marliéria.

Importante: Recentemente, alguns casos de Febre Amarela foram confirmados em macacos e humanos em Goiás e no Distrito Federal. Devido a isso, sendo o município de Marliéria quase em sua totalidade, cercado pelo Parque Florestal do Rio Doce, é necessário que todos na região estejam alertas. Não sabemos com precisão se nesse parque existem os mosquitos Haemagogus e Sabethes cloropterus, transmissores da Febre Amarela .Todavia, sendo o Aedes aegypti, um dos principais transmissores dessa doença, e estando este mosquito disperso por toda a região, todo o cuidado é indispensável. Procure em casa o cartão de vacinação contra a Febre Amarela, a vacina tem uma validade de 10 anos. Caso já tenha vencido este prazo, ou se ainda não se vacinou, procure a unidade de saúde mais próxima de sua casa e vacine-se. Há o risco de casos de pessoas doentes de Febre Amarela, vindas de outras partes do país, passarem pela região e espalharem o vírus, se forem picadas pelo Aedes aegypti.

Importante: Os trabalhos dos agentes de saúde de Marliéria têm dado resultados satisfatórios, portanto, não há motivos para pânico entre a população.

Estamos em vigilância constante. Mas cabe à população contribuir. Não apenas permitindo a visita do agente de saúde, mas fiscalizando os trabalhos, exigindo qualidade e mantendo suas casas, quintais e lotes vagos limpos.

Recomendações: Se for acampar ou pescar no Parque Estadual do Rio Doce ou em suas proximidades, tenha sempre um repelente de insetos, e utlize sempre óleo repelente de mosquitos na pele, nas partes do corpo que ficam descobertas.

Elaborado por:

JOEL VIEIRA CALDAS
Supervisor Geral de Endemias
FUNASA / Departamento Municipal de Saúde
Setor de Zoonoses e Endemias
Prefeitura Municipal de Marliéria - MG

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

DOENÇA DE CHAGAS

O que é Doença de Chagas?

A Doença de Chagas é uma patologia grave, que pode levar à morte. Este nome é uma homenagem ao seu descobridor, o sanitarista brasileiro, doutor Carlos Chagas. A doença é transmitida pelo triatomíneo, um inseto da classe dos hemípteros(1), chamado popularmente de: barbeiro, fincudo, bicudo, procotó, chupão ou chupança. O barbeiro é um inseto hematófago, ou seja, se alimenta de sangue e, prefere locais bem escuros para se esconder.Seus locais preferidos são, casas de pau-a-pique, casas com cobertura de palha, com reboco cheio de buracos e rachaduras e paredes sem reboco. Dentro de casa, o barbeiro procura estar nos comodos onde possa conseguir alimento (sangue). Daí, muito comum ser encontrado nos quartos, sob os colchões, atrás de algum móvel, quadros ou folhinhas. Pode ser encontrado também na cozinha, embaixo de fogões a lenha, onde geralmente, são guardadas as lenhas e/ou dormem algum animal doméstico, como galinhas, cãe e gatos.

Veja a foto de uma casa de pau-a-pique, cujas paredes oferecem condições para o esconderijo do barbeiro.


No quintal da casa também, existem locais onde o barbeiro consegue se adaptar e se esconder . Paióis, chiqueiros, currais, amontoados de lenhas, telhas, tijolos e, principalmente, nos galinheiros. Portanto, é muito importante, manter bem distantes da casa, quaisquer desses locais ou materiais. E, periodicamente, inspecioná-los, limpá-los e, se necessário, aplicar um inseticida.


DOENÇA DE CHAGAS:VETOR E CAUSADOR


O vetor(2), como já fora dito, é o Triatoma (barbeiro). O agente causador é o Trypanossoma cruzí, um organismo microscópico.


Modo de transmissão




O barbeiro se alimenta de sangue, seja de animais silvestres, domésticos ou humano. Alguns animais silvestres são reservatórios (hospedeiros) do T. cruzí, como a raposa, o gambá e o tatu. Em geral, como os barbeiros vêm de áreas silvestres, matas, devido à interferência do homem ao meio ambiente. Esta interferência faz com que, o barbeiro seja trazido para o convívio com o homem, passiva ou ativamente. Passivamente quando vem dentro de algum cacho de frutas, oco de lenha, etc. Ativamente, quando vem voando, atraído pela claridade de luzes que o deixam desnorteado. Sendo oriundo das matas, em muitos casos, é possível que o barbeiro já venha contaminado, por às vezes ter se alimentado de algum animal reservatório do T. cruzí. Ao encontrar abrigo, o barbeiro saí à procura de sangue, geralmente, quando não pode ser visto, ou seja, com o local às escuras. Quando suga o sangue, o barbeiro defeca próximo do local da picada. E é em suas fezes que estará o parasita causador da doença. A picada do barbeiro produz uma coceira, e acidentalmente ao se coçar, a pessoa empurra as fezes para dentro do orifício deixado pelo barbeiro, e junto, vão os Tripanossomas.

Sinais da Doença de Chagas


A princípio, os dos primeiros sinais da doença, será um edema (inchaço) no local da picada, prococado pela coceira e pela entrada do parasita. Um outro sinal é o sinal de Romaña, ou seja, inchaço de uma das pálpebras de um olho só. A pessoa também apresenta febre baixa e contínua, anorexia( falta de apetite) e mal-estar. Esta fase é conhecida como chagas agudo, e identificada a tempo, pode ser tratada. Passada para a fase crônica, o doença pode agravar, atingindo órgãos como o coração, o intestino e o esôfago. Os sintomas podem levar de 4 a 10 dias para aparecer.


Medidas preventivas


  • Rebocar as paredes da casa, por dentro e por fora, tapando todos os buracos;

  • Caiar as paredes para desinfetá-las, usando cal ou tabatinga( barro branco);

  • Trocar a palha do telhado periodicamente, de preferência, substituir por telhas;

  • Manter todos os cômodos limpos, bem ventilados e com janelas para produzir claridade;

  • Colocar os móveis, camas e colchões no quintal pelo menos de 15 em 15 dias;

  • Não permitir que animais domésticos durmam dentro de casa;

  • Não construir nenhum abrigo de animais encostado na casa;

  • Aplicar inseticida nos abrigos dos animais a cada 6 meses, e dentro de casa, pelo menos uma vez por ano.

Existem alguns insetos que se assemelham ao barbeiro. Abaixo, mostraremos as semelhanças.

O barbeiro hematófago, é o inseto que transmite a Doença de Chagas, pois se alimenta de sangue. O fitófago, alimenta-se apenas de sucos de plantas. O predador, é uma espécie que se alimenta de outros insetos. Todavia, são muitos semelhantes, devendo então, quando encontrados em casa, ser levados para que sejam identificados pelos técnicos responsáveis. Para isso, o Departamento de Saúde de Marliéria, através do Setor de Zoonoses e Endemias impantou os Postos de Informação de Triatomíneo, os PITs. São 5 postos instalados estratégicamente pelo município. Veja abaixo a tabela com os PITs e suas devidas localizações.



TRINDADE/ FAZ >ESCOLA DO ONÇA
8 ÁS 16 H.
Responsável: VANILDA DE M CASTRO
12:30 ÁS 16 H
responsável: VANISE CASTRO BARROS

MARLIÉRIA/CIDADE> UNID SAUDE
7 as 16 h
Responsáveis: JESSY PINTO MOREIRA
CREUZA M DA SILVA
SANTA RITA/POV>UNID SAUDE
7 ÁS 16 H
Responsáveis: M APARECIDA PEREIRA
ANGELA M MORAIS

CAVA GRANDE/VILA> UNID SAUDE
7 as 16 h
Responsáveis: JOEL VIEIRA CALDAS,
MARLENE E. DOS SANTOS
ARLETE F. GANDRA
BARRA DO CELESTE/FAZ> 7
7 ÁS 16 H
Responsáveis: IRIS M SANTOS
FÁTIMA A CASTRO ALVES

Quaisquer uma dessas pessoas está habilitada para receber o inseto encaminhado pela população e para as devidas orientações. Se encontrou um inseto suspeito, não o mate, não o amasse e não coloque em vidros com álcool. Leve a um desses postos, para que as providências devidas sejam tomadas.

Glossário:
(1) Hemípteros: Inseto cujas asas são curtas.
(2) Vetor: hospedeiro intemediário de agentes infecciosos.

Elaborado por: Joel Vieira Caldas
Supervisor Geral de Endemias
FUNASA-Departamento Municipal de Saúde de Marliéria
Setor de Zoonoses e Endemias- Marliéria - MG